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ALERTA: Minas Gerais investiga 63 casos suspeitos de sarampo


Dados oficiais mostram que quase 30% dos casos notificados foram em crianças com idades entre 1 e 4 anos 

 Minas Gerais tem 63 casos suspeitos de sarampo após quase 20 anos de erradicação da doença. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), as ocorrências foram notificadas em 56 municípios, sendo cinco em Belo Horizonte, e outros nas regiões Centro, Sul, Leste, Oeste e Triângulo Mineiro. Embora ainda estejam em investigação, o alerta é para que todas as crianças de 1 a 5 anos sejam imunizadas a partir da próxima segunda-feira, mesmo as que já receberam as doses da caderneta de vacinação.

“Diante dos casos confirmados da doença nos Estados de Roraima e Amazonas, e da possibilidade de circulação e reintrodução do vírus em Minas Gerais, uma nova dose de reforço deve ser tomada. A vacina é a principal estratégia de combate a essas doenças”, disse o subsecretário de vigilância e proteção à saúde da SES, Rodrigo Said.

De janeiro até 27 de julho, foram notificados 118 casos suspeitos de sarampo em Minas. Desses, 55 já foram concluídos e descartados, sendo três na capital. Os demais seguem em investigação. Segundo balanço divulgado nesta quarta-feira (1º) pela SES, quase 30% dos casos notificados foram em crianças com idades entre 1 e 4 anos, exatamente a faixa etária que está sendo convocada para o reforço da vacina.

Reforço. A campanha de imunização contra o sarampo e a poliomielite, que será realizada pelo Ministério da Saúde em todo o Brasil, começa na segunda-feira e vai até o fim do mês. Em Minas, o objetivo é imunizar ao menos 95% das crianças de 1 a 5 anos, o que equivale a 975,9 mil pequenos. A medida custará R$ 5,8 milhões aos cofres do governo.

Atualmente, a cobertura vacinal contra a pólio, em menores de um ano, está em 66,34% no Estado. Já a cobertura da vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, em crianças de um ano, é de 66,79%. “Estamos fazendo um alerta para que os pais, mães e responsáveis levem os filhos pra vacinar”, destacou.

Segundo Said, nos últimos anos, o Estado tem percebido uma tendência dos país vacinarem os filhos fora da faixa etária vacinal, o que tem contribuído com a baixa imunização. “Não é algo que tem acontecido só em Minas, mas é uma tendência em todo o país”, completou.

As regiões do Estado com maior densidade populacional, como a região metropolitana, a Zona da Mata, o Triângulo Mineiro e o Sul são considerados os de maior atenção, pois o vírus circula mais facilmente. Os sintomas do sarampo são comuns a outras doenças: febre alta, sinais respiratórios como coriza, tosse e conjuntivite, e manchas vermelhas pelo corpo). A transmissão ocorre de pessoa a pessoa.

Histórico 

O país erradicou o sarampo em 2016. Em Minas, os últimos casos de contaminação ocorreram em 1999. Em 2013, houve incidência, mas os pacientes contraíram a doença fora do Estado.

Profissionais serão treinados no Norte do país

Como o sarampo estava erradicado em Minas Gerais há quase 20 anos, profissionais de saúde do Estado que nunca lidaram com a doença vão passar por cursos de capacitação no Norte do país, onde foi registrado o maior número de casos confirmados. Uma equipe deve viajar na próxima semana, segundo o subsecretário de vigilância e proteção à saúde da SES, Rodrigo Said.

Uma parceria com o Hospital das Clínicas da capital também será feita para troca de informações entre os profissionais. “Grande parte da nossa rede nunca teve contato com o sarampo. É importante (a capacitação) para ter um diagnóstico diferenciado, até porque o quadro da doença não é específico”, concluiu o subsecretário.

Fonte: O Tempo
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Autor: VSL

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